Polícia Civil conclui investigações sobre homicídio de empresário ocorrido em Darcinópolis

Crime ocorreu no dia 29 de novembro e os indiciados chegaram dois dias antes no município

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 31ª Delegacia de Polícia Civil de Darcinópolis, concluiu nesta segunda-feira, 22, as investigações referentes ao homicídio qualificado de um empresário, ocorrido no dia 29 de novembro de 2025, no município de Darcinópolis. De acordo com o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, responsável pelas investigações, dois homens foram indiciados pelo crime. A.R.F., de 34 anos, foi apontado como autor material dos disparos, enquanto R.H.M.L., de 33 anos, foi indiciado na condição de coautor, por ter conduzido o veículo utilizado na fuga.

As investigações revelaram que os indiciados chegaram em Darcinópolis cerca de dois dias antes do crime e se hospedaram em um hotel da cidade. Nesse período, realizaram duas visitas à loja de materiais de construção da vítima, sob o pretexto de adquirir torneiras, conduta que, conforme apurado, teve como objetivo o reconhecimento prévio da rotina do empresário.

Na manhã do dia 29, a vítima estava em via pública quando foi abordada de forma repentina por um indivíduo que efetuou dois disparos de arma de fogo. No decorrer das investigações, uma testemunha ocular realizou o reconhecimento do investigado A.R.F. como autor dos disparos, sendo apurado ainda que, após a prática do crime, o indivíduo evadiu-se do local em um veículo conduzido por R.H.M.L.

Após o crime, foram realizadas diligências policiais que resultaram na interceptação do veículo utilizado na fuga, nas proximidades do município de Riachinho. No interior do automóvel, foram apreendidas uma munição intacta de calibre .38 e duas torneiras adquiridas na loja da vítima. Os ocupantes foram presos em flagrante e conduzidos à 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína.

No curso das investigações, a Polícia Civil reuniu provas consistentes, incluindo análise de imagens de câmeras de segurança, reconhecimentos fotográficos realizados por diversas testemunhas, rastreamento do veículo utilizado na fuga e exames periciais que atestaram a causa da morte.

Diante dos elementos colhidos, o crime foi caracterizado como homicídio qualificado, cometido mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que os autores se aproximaram sob a falsa condição de clientes, impedindo qualquer reação.

Durante a investigação, surgiram indícios da possível participação de um mandante do crime, razão pela qual as apurações prosseguem, com a análise de aparelhos celulares apreendidos e encaminhados ao Núcleo de Computação Forense, como explica o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto.

“As provas coletadas são robustas e convergentes, demonstrando que se tratou de um crime planejado e executado com extrema frieza. Os indiciados vieram de outro Estado, se hospedaram na cidade e, sob o falso pretexto de serem clientes, frequentaram a loja da vítima por duas vezes para compreender sua rotina. As investigações continuam, pois há forte suspeita de que se trate de crime encomendado, linha que está sendo aprofundada com rigor técnico, inclusive com a análise forense dos dispositivos eletrônicos apreendidos”.

Com a conclusão do inquérito policial, A.R.F. e R.H.M.L. foram formalmente indiciados por homicídio qualificado. Os autos foram encaminhados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público do Estado para as providências legais cabíveis.

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