Clínica de reabilitação irregular mantinha pacientes em cárcere privado e casal que administrava o estabelecimento é preso em Palmas

Procedimentos foram realizados após denúncias chegarem ao conhecimento de que 70 pacientes estavam mantidos em situações de maus tratos no local.

Setenta pessoas, que eram mantidas sob cárcere privado e submetidas a maus tratos, foram libertadas pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), na última terça-feira, 6, em Palmas, por meio de ação realizada pela  pela 2ª Delegacia de Polícia da Capital, com o auxílio da Diretoria de Polícia da Capital.

Conforme explica o delegado Gregory Almeida, as ações foram realizadas em cumprimento a mandado de busca e apreensão, expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, para investigar uma clínica irregular para tratamento de dependentes químicos e pessoas portadoras de deficiência mental, na zona rural da Capital.

“Na ocasião foram constatadas diversas irregularidades no local, chamando a atenção o fato de todos os quartos terem grades nas portas e janelas. Nas quase 24 horas de depoimentos prestados aos policiais civis, cerca de 50 pacientes relataram vários casos de maus-tratos, que iam desde agressões físicas ao uso de sedativos como forma de punição, sendo que os responsáveis pela clínica não apresentaram a documentação exigida pela lei para submeter pessoas a internações voluntárias e involuntárias”, pontuou o delegado Gregory.

Também foi encontrado no local uma ligação clandestina de energia elétrica (vulgarmente conhecido como “gato”).

Diante do que foi apurado, o casal que administrava a clínica foi autuado em flagrante pela prática dos delitos de cárcere privado qualificado, maus-tratos e furto de energia elétrica. 

Havia no local 70 pacientes, os quais foram libertados e ficaram aos cuidados dos órgãos competentes das Secretarias de Saúde e de Assistência Social do Estado e do Município.

Já nesta quarta-feira, dia 7, os dois presos tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventiva pelo Poder Judiciário e foram encaminhados às respectivas Unidades Penais Masculina e Feminina, de Palmas, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário.

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