A cidade de Tocantinópolis recebeu, nesta semana, a aclamada exposição “Mulheres do Norte do Tocantins: Cores, Sabores e Lugares”, do renomado artista plástico Iguatemy Lopes, que segue itinerando pelos rincões do Estado e chegou ao campus da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) como parte de um circuito cultural apoiado pela Lei Rouanet Norte e pela Caixa Econômica Federal. A realização é da Associação Amigos do Museu de Araguaína (AAMAR).
O evento atraiu mais de 400 acadêmicos, servidores e membros da comunidade tocantinopolina, que puderam conhecer de perto as obras que homenageiam e eternizam a força, a história e os saberes das mulheres que moldaram a identidade cultural do Norte do Tocantins.
Um encontro com a memória e o território
A mostra apresenta 50 telas que retratam mulheres anônimas e icônicas da região — quebradeiras de coco, artesãs, agricultoras, líderes comunitárias, mestras da cultura popular — valorizando suas trajetórias e o papel central que desempenham na formação social e afetiva do território.
Para o presidente da AAMAR e curador da itinerância, professor Régis Carvalho, a chegada da exposição a Tocantinópolis representa mais que uma ação cultural: “Trazer esta mostra para a UFNT é reafirmar que a memória das mulheres do nosso Norte está viva, pulsante e merece ser celebrada. Cada tela do Iguatemy Lopes é um testemunho de quem somos e do que construímos enquanto povo. Ver tantos estudantes e moradores emocionados diante dessas histórias é a prova de que a arte transforma, ensina e fortalece identidades.”
UFNT destaca compromisso com a cultura regional
O reitor do campus de Tocantinópolis, professor Mauro Torres, destacou o papel da universidade na promoção da cultura e da memória regional: “A UFNT não é apenas um espaço de ensino, mas também de preservação das expressões culturais do nosso território. Receber esta exposição é reafirmar nosso compromisso com a valorização da produção artística local e com o diálogo entre universidade e comunidade. A presença maciça do público nos mostra que este é o caminho certo.”
Estudantes participam como protagonistas
A exposição contou com o trabalho das acadêmicas Helen Sousa e Maria Clara Araújo, que atuaram como monitoras e acompanharam as visitas. Helen descreveu a experiência como transformadora: “Poder dialogar com o público sobre essas mulheres e perceber o impacto que as obras causam foi emocionante. Cada pessoa trazia uma lembrança, uma história parecida, um reconhecimento.”
Já Maria Clara destacou a dimensão pedagógica da mostra: “A exposição ensina sobre arte, história, pertencimento e representação. Foi uma honra contribuir para que mais pessoas conhecessem a grandiosidade das mulheres da nossa região.”
Apresentações que emocionaram o público
As professoras Antônia Alves e Telma de Sousa foram responsáveis por conduzir as apresentações e contextualizar o significado da obra de Iguatemy Lopes para os visitantes. De acordo com a professora Antônia: “Esta exposição é um ato de amor à memória do Norte do Tocantins. É impossível passar por ela sem se reconhecer, sem se ver refletido nas cores e nos rostos retratados.”
A professora Telma reforçou o impacto cultural da mostra: “Iguatemy Lopes dá visibilidade a histórias que muitas vezes ficam guardadas apenas na oralidade. Aqui, essas mulheres ganham cor, forma e vida diante de nós.”
Arte que fortalece identidades
Com grande participação do público e elogios de diferentes setores da cidade, a passagem da exposição por Tocantinópolis reafirma a relevância do projeto e o compromisso da AAMAR em democratizar o acesso à arte e fortalecer a memória das mulheres do Norte do Tocantins.
A itinerância segue pelas próximas cidades, levando consigo emoção, reconhecimento e a celebração da força feminina que molda o território tocantinense.



