Com 19 mandados de busca e apreensão, a Operação Domus Magna visa investigar desvio de mais de R$ 5 milhões por meio de laranjas e empresas familiares.
Nesta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação significativa contra suspeitos de fraudar licitações e desviar recursos da prefeitura de Angico, situada no extremo norte do estado. A operação, nomeada de “Domus Magna”, busca desarticular um esquema que, segundo a investigação, causou prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 5 milhões.
Os agentes federais estão cumprindo 19 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo Angico, Tocantinópolis, Araguaína e Ananás. Os mandados foram autorizados pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal em Araguaína. Este desdobramento da investigação foca especialmente em uma servidora pública do município, além de alguns de seus familiares, que teriam se beneficiado diretamente das fraudes.
Estrutura do Esquema Fraudulento
A apuração revela que os suspeitos utilizavam “laranjas” para receber os valores desviados, complicando a rastreabilidade dos recursos. Os indícios apontam que a maior parte do dinheiro desviado era destinada ao grupo criminoso, enquanto uma fração menor era repassada aos intermediários, como recompensa por sua participação nas atividades ilícitas.
A servidora pública e seus familiares, em conjunto com outros indivíduos envolvidos, poderão enfrentar sérias consequências legais. As acusações podem incluir fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e formação de associação criminosa. As penas somadas desses crimes podem ultrapassar 12 anos de reclusão.