Mulher de 58 anos foi investigada em operação que resultou em apurações detalhadas.
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 5ª Delegacia Regional de Paraíso, finalizou nesta sexta-feira, 11, o inquérito policial que investiga uma mulher de 58 anos pelos crimes de corrupção passiva, peculato, estelionato, exposição da vida e da saúde de terceiros e constrangimento ilegal. A investigação faz parte da Operação Profanum, que teve sua primeira fase deflagrada em fevereiro de 2025, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
O delegado regional de Paraíso, José Lucas Melo, informou que a investigada atuou como servidora comissionada na Unidade Prisional de Paraíso no segundo semestre de 2024, prestando auxílio nas áreas de saúde e assistência social dos internos. Durante as apurações, constatou-se que a suspeita cometeu diversas irregularidades.
“Mais de 20 pessoas foram ouvidas durante a apuração. Ficou constatado que a investigada usava sua posição para solicitar vantagens indevidas, reter medicamentos como forma de represália e ameaçar presos e servidores”, detalhou o delegado.
A servidora foi indiciada por corrupção passiva devido a solicitações de vantagens pelo fato de atuar na unidade. Além disso, deverá responder por peculato e estelionato, uma vez que se apropriou de bens e valores entregues por familiares dos presos, e também cobrou dinheiro de internos e seus familiares.
A investigação revelou que a mulher deixou de entregar medicamentos a internos como forma de retaliação e fez ameaças àqueles que a denunciassem. Essas ações motivaram os indiciamentos por exposição da vida ou saúde de terceiros e constrangimento ilegal.
Além disso, a Polícia Civil identificou que a investigada solicitou atestados médicos falsos, o que implica na responsabilidade de dois profissionais de saúde, um homem de 34 anos e uma mulher de 35, que também responderão por suas condutas.
“O apoio da Polícia Penal e da Secretaria de Cidadania e Justiça foi fundamental para a rápida elucidação do caso. Esse suporte foi crucial em todas as etapas da investigação”, destacou José Lucas Melo.
Após a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para que sejam tomadas as providências cabíveis. A investigação ressalta a importância da ética e da responsabilidade no serviço público, especialmente em instituições que cuidam da saúde e segurança dos internos.