Fotografia/Divulgação: Folha Capital
Mandado de prisão é cumprido em operação que investiga vantagens indevidas em contratos da saúde pública; Quesede Ayres estava prestes a ser homenageado com título de Cidadão Goianiense.
Quesede Ayres Henrique, ex-secretário-executivo da Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins, foi preso nesta quarta-feira, 27, em Goiânia (GO), em uma operação realizada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). A prisão temporária foi cumprida após investigações que apontam a formação de uma associação criminosa voltada a conceder vantagens indevidas em contratos da saúde pública.
Juntamente com Quesede Ayres, também foram presos o secretário da Saúde de Goiânia, Wilson Modesto Pollara, e o diretor financeiro da pasta, Bruno Vianna Primo. A acusação do MPGO revela que o grupo ignorou a ordem cronológica de pagamentos, o que causou sérios prejuízos ao erário.
Quesede Ayres tem uma trajetória marcada por passagens em diversas pastas do governo estadual, incluindo a Secretaria de Parcerias Público-Privadas (PPP) nas gestões de Mauro Carlesse e do atual governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Sua experiência o tornou uma figura influente na administração pública, mas agora ele se vê envolvido em um escândalo de corrupção que pode impactar sua carreira e reputação.
Curiosamente, Quesede Ayres estava prestes a receber o Título de Cidadão Goianiense, uma homenagem proposta pelo vereador Markim Goyá (PRD). A apreciação da proposta estava agendada para esta quarta-feira, mas, após a divulgação da prisão, a proposta foi retirada da pauta em razão da pressão exercida pelos colegas da Câmara de Goiânia.
A prisão de Quesede Ayres levanta questões sobre a corrupção na administração pública e o gerenciamento de recursos na área da saúde, um setor crítico especialmente em tempos de pandemia. A operação do MPGO visa não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também garantir a transparência e a eficiência na gestão dos contratos públicos.
Com a prisão, a expectativa é que novas informações surjam durante as investigações, e o caso possa abrir precedentes para a apuração de outras irregularidades em gestões anteriores.