Ação de Investigação Judicial Eleitoral aponta irregularidades na campanha da prefeita Vicença Lino e seu vice, Hagamenon; denúncias incluem captação ilícita de sufrágio.

A coligação “Progresso Não Pode Parar”, liderada pela atual prefeita de Santa Fé do Araguaia, Vicença Lino, e seu vice, Hagamenon, está sob a ameaça de cassação de seus mandatos devido a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que investiga supostas práticas de compra de votos. O processo, de número 0600546-05.2024.6.27.0034, aponta sérias irregularidades na campanha eleitoral realizada em outubro.

Entenda o caso

As denúncias que fundamentam a AIJE envolvem Willian Pereira dos Santos, conhecido como “Pesão”, enteado da prefeita Vicença Lino e filho do ex-prefeito Valtenis Lino da Silva. Segundo as acusações, Pesão teria praticado captação ilícita de sufrágio, oferecendo carne e cerveja a eleitores em troca de votos. Essa prática é tipificada como crime pela legislação eleitoral, conforme a Lei 9.504/97.

Além disso, o ex-prefeito Valtenis, que atualmente se encontra inelegível, é mencionado como uma figura central nas suspeitas, levantando questionamentos sobre sua influência na campanha da chapa majoritária.

Administração sob questionamento

As irregularidades na campanha não são os únicos problemas enfrentados pela administração de Vicença Lino. A gestão também está sob escrutínio devido à dificuldade em justificar gastos públicos. Entre as acusações estão a criação de um suposto “comitê fantasma” e o uso de um veículo para fins questionáveis, levantando sérias dúvidas sobre a transparência e a prestação de contas da atual administração.

A AIJE segue em tramitação, e o resultado do julgamento pode ter um impacto significativo na governabilidade de Santa Fé do Araguaia, especialmente se a Justiça Eleitoral decidir pela cassação da chapa.

Os envolvidos aguardam a manutenção do acompanhamento do Ministério Público, que deve analisar as provas e as alegações apresentadas no caso. Enquanto isso, a população de Santa Fé do Araguaia vive um clima de incerteza quanto ao futuro da gestão da prefeita, que foi reconduzida ao cargo nas eleições de outubro.

A situação gera um clima de expectativa e ansiedade entre os moradores, que agora se perguntam sobre a estabilidade da administração e as possíveis consequências legais para os responsáveis. Com a tramitação da AIJE, a cidade se prepara para acompanhar de perto os desdobramentos desse caso que pode redefinir a política local.