Mulheres do Norte do Tocantins: cores, sabores e lugares encerra ciclo celebrando identidade, memória e resistência feminina

O Norte do Tocantins ganhou, ao longo dos últimos meses, um verdadeiro mosaico de histórias, afetos e pertencimento. O projeto cultural “Mulheres do Norte do Tocantins: cores, sabores e lugares” chegou ao fim de sua primeira grande etapa deixando marcas profundas por onde passou — não apenas nas cidades que receberam as telas, mas principalmente nos corações das pessoas que se reconheceram nelas.

Realizado pela Associação Amigos do Museu de Araguaína (AAMAR), com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Rouanet Norte e da Caixa Econômica Federal, o projeto percorreu 12 cidades tocantinenses, atingindo um público de mais de 10 mil pessoas, levando arte, diálogo e valorização da mulher nortista para espaços culturais, escolas e comunidades.

As exposições apresentaram telas assinadas pelo renomado artista plástico Iguatemy Lopes, que traduziu em cores vibrantes e traços sensíveis a força, a delicadeza e a diversidade das mulheres da região. Cada obra parecia contar uma história silenciosa, feita de luta, ancestralidade, trabalho e esperança.

Para o presidente da AAMAR, professor Régis Carvalho, o encerramento desta etapa é, na verdade, um recomeço: “Esse projeto nasce do amor pela nossa gente e do compromisso com a memória cultural do Tocantins. Encerrar esse ciclo é motivo de gratidão, mas também de esperança. As mulheres retratadas aqui representam milhares de outras que constroem diariamente a história do nosso estado.”

Além das exposições, o projeto promoveu oficinas de artes e rodas de conversa que ampliaram o impacto social da iniciativa, criando espaços de escuta, troca e reflexão. A coordenação ficou a cargo da professora Antônia Alves, que destaca a força do encontro:
“As rodas de conversa foram momentos de cura e reconhecimento. Muitas mulheres se viram nas telas e, ao mesmo tempo, se encontraram nas falas umas das outras. Foi um espaço de acolhimento, onde a arte abriu caminho para o diálogo e para o fortalecimento coletivo.”

O artista plástico Iguatemy Lopes descreve o projeto como uma das experiências mais marcantes de sua trajetória: “Pintar essas mulheres foi um exercício de respeito e sensibilidade. Cada tela carrega um pedaço da alma do Norte do Tocantins. Não são retratos apenas estéticos, são histórias vivas, cheias de dignidade e beleza.”

Nos bastidores, garantindo que cada etapa acontecesse com segurança, organização e legalidade, esteve a Dra. Maria Eduarda, responsável pela logística e pelo jurídico da exposição. Para ela, o projeto mostrou que a arte também se constrói com planejamento e compromisso: “Foi um trabalho intenso, feito com muito cuidado e responsabilidade. Ver tudo acontecer e perceber o impacto positivo nas cidades por onde passamos é a prova de que investir em cultura transforma realidades.”

O encerramento desta fase não representa um ponto final. A organização já anuncia que o projeto pretende seguir em circulação em 2026, alcançando novas cidades e ampliando ainda mais o diálogo sobre o papel da mulher na construção cultural do Tocantins.

“Mulheres do Norte do Tocantins: cores, sabores e lugares” se despede, por ora, como uma poesia visual que permanece ecoando. Uma lembrança de que a arte, quando nasce do território e do afeto, não se encerra — ela continua viva, pulsando em cada olhar que foi tocado por suas cores.

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