Cleófas Rodrigues declarou que vítima morreu por overdose, mas depois revelou detalhes que envolvem feminicídio
Um homem de 41 anos, identificado como Cleófas Rodrigues, foi preso sob suspeita de assassinar sua esposa, Maysa Cardoso, de 35 anos, e ocultar seu cadáver em Gurupi, cidade localizada no sul do estado. A prisão ocorreu após a filha do casal procurar a polícia na quarta-feira, 03, para relatar a morte da mãe.
De acordo com informações da Polícia Militar (PM), Cleófas alegou que sua esposa havia morrido devido a uma overdose de álcool e que manteve o corpo dela em casa por 24 horas antes de enterrá-lo em uma área de mata próxima. A filha, ao acompanhar os policiais até a residência da família, avistou o carro do pai e pediu que os agentes o abordassem, levantando suspeitas sobre a veracidade das informações dadas.
Ao ser questionado, Cleófas apresentou nervosismo e reiterou sua versão, afirmando que o corpo de Maysa havia sido removido por uma funerária, sem realizar velório ou sepultamento. No entanto, frente a inconsistências nas declarações, os policiais decidiram seguir com ele e a filha até a casa para averiguar a situação.
No local, Cleófas confessou que havia matado a esposa cerca de 20 dias antes, após uma discussão. Ele reconheceu que deixou o corpo na residência e conduziu os policiais até o local onde havia enterrado Maysa. Informou ainda que os três filhos menores do casal tinham visto o corpo antes do sepultamento.
Os Bombeiros foram acionados e conseguiram localizar o corpo de Maysa no ponto indicado pelo suspeito. A remoção foi realizada pelo Instituto Médico Legal (IML), com a presença de uma equipe de perícia. O Conselho Tutelar foi chamado para garantir a proteção das crianças, que foram deixadas sob os cuidados de uma testemunha até a chegada de um familiar.
Maysa Cardoso tinha antecedentes de violência doméstica, e segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Cleófas já possuía registros anteriores desse tipo de violência contra a vítima. Atualmente, ele está detido sob as acusações de feminicídio e ocultação de cadáver, sendo encaminhado para a Unidade Prisional de Gurupi. O caso está sob investigação da 3ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Gurupi), que segue monitorando os desdobramentos da situação.



