Ex-integrantes da Secretaria de Educação do Tocantins são alvos da Operação Overclean da PF

Investigação apura fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, levando à prisão de dois homens por obstrução às investigações.

Na manhã desta sexta-feira (31), a Polícia Federal (PF) deflagrou a oitava fase da Operação Overclean, que tem como alvos três ex-integrantes do primeiro escalão da Secretaria de Educação (Seduc) e da Secretaria de Parcerias e Investimentos do Tocantins. Os ex-secretários estão sendo investigados por suspeitas de envolvimento em uma organização criminosa que atuava na realização de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com informações da Seduc, contratos e repasses de pagamentos com as empresas investigadas foram imediatamente suspensos. A operação resultou na prisão de Danilo Pinto da Silva e Éder Martins Fernandes, o último atuou como secretário-executivo de Educação até setembro de 2023. Ambos são acusados de ter monitorado a sede da Superintendência da Polícia Federal no Tocantins com o intuito de se antecipar a mandados de busca e apreensão.

Os principais alvos da operação são:

  • Claudinei Aparecido Quaresemin – ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos do Tocantins
  • Éder Martins Fernandes – ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins
  • Itallo Moreira de Almeida – ex-diretor administrativo da Secretaria de Estado da Educação (Seduc)

A Seduc confirmou que Éder Fernandes não ocupa mais o cargo de secretário-executivo desde setembro e que Ítalo Moreira de Almeida deixou a pasta em setembro de 2024. A jornalista Camila Bomfim apurou que a nova fase da operação foca em um núcleo da organização criminosa que operava com desvios de contratos financiados por emendas parlamentares.

A Polícia Federal suspeita que os alvos dessa operação estariam recebendo ou intermediando propinas relacionadas a esses desvios. Em nota, a Seduc afirmou que “todas as determinações judiciais relacionadas à Operação Overclean foram cumpridas integralmente” e ressaltou que a 2ª Vara Especializada Criminal da Seção Judiciária do Estado da Bahia gerou as medidas cautelares necessárias, avisando formalmente as empresas envolvidas em dezembro de 2024.

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