Motor de barco pode ter atraído raio que matou amigos durante tempestade no Rio Tocantins, diz bombeiro

Pescadores foram arremessados na água após a descarga elétrica e morreram. Os corpos foram encontrados um dia depois, a cerca de oito metros de profundidade.

O raio que caiu em um barco de pescadores no Rio Tocantins e matou duas pessoas pode ter sido atraído pelo motor. Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros Thiago Silva, as embarcações possuem materiais metálicos que podem favorecer a atração de raios.

O acidente aconteceu a cerca de 3 km de Filadélfia, no norte do estado, na tarde de sábado (11). Murilo Guimarães Vinhal, de 33 anos, e Idael da Silva Farias, de 38 anos, foram atingidos pela descarga elétrica, caíram no rio e morreram. Ricardo Moacir Machado Vieira, de 40 anos, sobreviveu ao acidente.

De acordo com o sargento Silva, que esteve em Filadélfia para dar apoio à ocorrência, as vítimas estavam em um barco de pesca convencional, com um motor na parte frontal e outro traseiro. A descarga maior foi na frente da embarcação onde, segundo o sargento, deveriam estar próximos os dois mortos.

“Eles eram um ponto de atração, com certeza, no rio aberto. Eles estão com um material de alumínio ali, tende a chamar a descarga, procurar esse tipo de local”, explicou.

O bombeiro comentou ainda que esse tipo de acidente é raro no estado. Entretanto, para evitar problemas semelhantes, é preciso ter planejamento antes de ir para o ambiente aquático.

“Materiais energizados tendem a ter uma atração maior e aí a questão da segurança é você se planejar. Verificar a previsão do tempo antes de marcar alguma pescaria. Caso o tempo venha a mudar, venha a ficar fechado, procurar ir para a terra, procurar um ambiente seguro. Não entrar de barco embaixo de árvores, de lugar fechado. E caso saia daquilo que está previsível, que é um dia tranquilo, sem risco de chuva, sem risco de raios, e caso o clima venha a mudar, é parar a atividade e tentar buscar um lugar seguro”, alertou o sargento dos bombeiros.

No caso dos pescadores, o sargento acredita que eles buscavam um local seguro no momento da tempestade, por estarem perto de Filadélfia. “Foi muito repentino, mas dentro da prevenção, que eu acredito que era o que eles iam tentar fazer, era ir procurar um lugar fechado, sair dessa área aberta. Mas infelizmente eles não conseguiram que isso acontecesse”, lamentou.

(Com informações do G1 Tocantins)

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