Doença tem se alastrado, sendo atribuída a contatos com viajantes de países com surtos da doença; medidas de contenção e vacinação se intensificam.

Em um cenário alarmante, o Tocantins registra até a manhã do dia 1° de agosto, 24 casos notificados de sarampo, sendo 18 em Campos Lindos, cinco em Palmas e um em Porto Nacional. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) e destacam que 15 desses casos foram confirmados, três foram descartados, e seis permanecem em investigação. Todos os pacientes têm histórico de contato com viajantes que estiveram em países onde o vírus do sarampo é endêmico.

Os indivíduos afetados não estavam vacinados e manifestaram sintomas clássicos da doença, como febre alta e erupções cutâneas, e estão sob cuidados domiciliares. Em resposta ao surto, a SES-TO mobilizou equipes de saúde desde o dia 19 de julho em Campos Lindos, implementando ações para conter a propagação do vírus. Isso inclui orientações sobre isolamento e vacinação das pessoas que tiveram contato com os casos confirmados.

A SES-TO também orientou os 139 municípios do estado, enviando notas técnicas detalhadas sobre os protocolos de vigilância e imunização, enfatizando a urgência da vacinação para evitar uma escalada nas notificações.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que pode ser transmitida pelo ar ao tossir, espirrar ou até mesmo falar. Após a infecção, o período de incubação varia de sete a 14 dias, com a transmissão podendo ocorrer até quatro dias após o aparecimento dos sintomas. Complicações sérias, incluindo pneumonia e encefalite, são riscos significativos associados à enfermidade.

Prevenção e Imunização

A única forma eficaz de prevenção contra o sarampo é a vacinação, que está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema vacinal recomendado prevê a aplicação de doses específicas para diferentes faixas etárias, sendo que a cobertura vacinal no Tocantins em 2024 foi de 93% na primeira dose e apenas 80% na segunda. Em 2025, esses índices chegaram a 86% e 55%, respectivamente, o que está aquém do ideal de 95% para a imunização da população-alvo.

A SES-TO reforça que, além da vacinação, o isolamento dos infectados é crucial para prevenir a disseminação do vírus. Indivíduos com suspeitas ou confirmações de sarampo devem evitar ir a locais de trabalho ou escola por pelo menos quatro dias após o surgimento do exantema. Outras medidas de prevenção incluem a limpeza regular de superfícies, o uso de lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, e a higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Tratamento e Orientações

Não existe um tratamento específico para a doença, e as medidas adotadas visam apenas aliviar os sintomas. A SES-TO recomenda que qualquer pessoa que apresente sinais do sarampo procure imediatamente os serviços de saúde para orientação apropriada.