Tocantins registra 20 casos da doença, sendo 17 em Campos Lindos; vacinação e prevenção são essenciais para controlar a disseminação do vírus.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que, até a terça-feira, 29 de julho, o Tocantins notificou 20 casos de sarampo. Deste total, 17 foram registrados em Campos Lindos, dois em Palmas e um em Porto Nacional. Entre esses, 11 casos foram confirmados em Campos Lindos, enquanto nove ainda seguem em investigação. Todos os pacientes têm histórico de contato com pessoas que viajaram para países onde o vírus circula e não estavam vacinados.

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissível, que se espalha pelo ar ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O período de incubação varia de sete a 14 dias, e a transmissão pode ocorrer até seis dias antes do aparecimento dos sintomas. Os sinais incluem febre alta, manchas avermelhadas, tosse, coriza e conjuntivite. Complicações graves, como pneumonia, encefalite e até óbito, podem ocorrer em casos mais severos.

A vacinação é a principal forma de prevenção contra o sarampo. A SES-TO recomenda que todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade sejam vacinadas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Em 2024, a cobertura vacinal da primeira dose da vacina tríplice viral foi de 93%, mas apenas 80% da população recebeu a segunda dose, quando o ideal é de 95%.

Os dados também revelam que em 2025, até o momento, 86% foram vacinados com a primeira dose, enquanto apenas 55% completaram o esquema vacinal com a segunda dose. A SES-TO garante que todas as mais de 300 salas de vacinação do Estado estão abastecidas com as vacinas necessárias.

Além da vacinação, medidas de isolamento e higiene são fundamentais para evitar a transmissão do vírus. Pessoas com suspeita ou confirmação de sarampo devem evitar ir ao trabalho ou à escola por pelo menos quatro dias após o aparecimento do exantema e manter distância de pessoas vulneráveis, como crianças pequenas e mulheres grávidas. O uso de lenços descartáveis, a lavagem das mãos com água e sabão ou álcool em gel, e a limpeza de superfícies são práticas recomendadas para minimizar os riscos de contágio.

Vale ressaltar que não existe um tratamento específico para o sarampo; os medicamentos disponíveis são utilizados apenas para aliviar os sintomas. A SES-TO orienta que qualquer pessoa que apresente os sintomas busque imediatamente um serviço de saúde para receber a orientação médica adequada.