Obras da Ponte entre Xambioá, no Tocantins e São Geraldo do Araguaia, no Pará, mostra atrasos e desafios na conclusão

A estrutura sobre o Rio Araguaia, marcada por um aumento expressivo nos custos, espera entrega para 2025, mas enfrenta entraves com desapropriações e incidentes.

A construção da nova ponte que liga os estados do Tocantins e Pará, entre os municípios de Xambioá e São Geraldo, está longe de ser finalizada. Com 95% da estrutura pronta, a obra, que integra a BR-153, aguarda a finalização dos acessos necessários, os quais dependem de processos de desapropriação em andamento na região.

Iniciada em 2017 durante o governo de Michel Temer, a obra apresentou um aumento alarmante nos custos, indo de R$ 132 milhões para R$ 204,2 milhões, sem contar os R$ 28,6 milhões previstos apenas para os acessos. A entrega do projeto foi prometida para 2023, mas após várias prorrogações, a expectativa agora é que os serviços sejam concluídos no segundo semestre de 2025. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ainda não definiu uma data específica, pois as desapropriações dos moradores no lado do Pará ainda estão em fase inicial.

No Tocantins, o DNIT concluiu os respectivos processos no primeiro semestre de 2025, enquanto no Pará, as primeiras audiências de conciliação estão marcadas para 6 e 7 de agosto deste ano. Apesar da estrutura da ponte estar praticamente finalizada, o acesso às estradas permanece um obstáculo significativo que deve ser resolvido para a completa liberação da travessia.

Enquanto a obra não é disponibilizada ao público, a travessia pelo Rio Araguaia continua a ser feita por balsas operadas pela empresa Pipes Empreendimentos LTDA. Recentemente, um incidente ocorreu onde uma balsa colidiu com um dos pilares da ponte em construção, causando danos ao veículo, mas sem comprometer a integridade da estrutura. A colisão foi atribuída a problemas técnicos e condições climáticas adversas.

Em nota, o DNIT reafirmou seu compromisso na conclusão das obras, mencionando que as desapropriações são fundamentais para que a estrutura possa ser finalmente utilizada. A Pipes, por sua vez, lamentou o acidente e assegurou que estão sendo tomadas medidas para garantir a segurança nas operações.

A conclusão da ponte é vista como uma importante melhoria para a infraestrutura da região, prometendo facilitar o acesso e o fluxo de mercadorias e pessoas entre os dois estados. Contudo, a demora na finalização da obra levanta preocupações sobre a gestão de recursos e a eficácia nas soluções legislativas para a desapropriação de terrenos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *