CBPA rebate informações distorcidas e reafirma seu compromisso com a pesca artesanal e o bem-estar da categoria.
Nos últimos dias, a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA) se viu obrigada a rebater uma série de notícias falsas que circulam nas mídias sociais e jornais, acusando a confederação de estar envolvida em fraudes relacionadas ao seguro-defeso. A CBPA destaca que tais afirmações são infundadas e visa esclarecer os pontos envolvidos.
De acordo com a CBPA, a primeira alegação improcedente afirma que o número de associados da confederação teria pulado de 0 para 340 mil. A verdade é que a CBPA, por meio de suas federações filiadas, já contava com cerca de 900 mil pescadores ativos no seu sistema em 2021, e algumas dessas federações têm mais de 100 anos de história.
Outro ponto crítico mencionado é que a CBPA estaria cadastrando diretamente pescadores para o seguro-defeso. No entanto, a confederação sublinha que o cadastramento ocorre de forma regular através das colônias, sindicatos e associações de pescadores, sempre em cooperação com o INSS, e realizado a pedido dos próprios pescadores.
A CBPA enfatiza que atua como uma confederação que reúne federações estaduais, que, por sua vez, reúnem as entidades menores, como colônias e sindicatos. As fraudes frequentemente se relacionam a terceiros que operam fora das colônias, utilizando meios ilegítimos para obter benefícios, além da facilitação promovida pelo próprio governo em termos de emissão de carteiras de pescador.
Rebatendo Falsas Denúncias
Apontando de forma veemente o caso de Mocajuba, no Pará, foi veiculado que o número de pescadores recebendo o benefício é maior que o total de adultos na cidade, insinuando uma conexão com a CBPA. A confederação reitera que a colônia de pescadores de Mocajuba não pertence à CBPA, desmentindo categoricamente quaisquer responsabilidades sobre o caso.
Igualmente, no Maranhão, foi alegado que existiam 590 mil pescadores para apenas 621 barcos registrados. A CBPA explica que a grande maioria das embarcações de pesca artesanal não são registradas, já que muitos pescadores utilizam canoas e pequenos barcos, que não são sempre obrigados a ter licença e cujo registro pode ser custoso e burocrático.
A CBPA reafirma seu compromisso com a fiscalização e se opõe a qualquer irregularidade que possa prejudicar a atividade pesqueira. “Não podemos permitir que a imagem de nossa confederação e o trabalho honesto de milhares de famílias sejam desacreditados por informações distorcidas e motivadas por interesses escusos”, declara a confederação.
Com mais de 1,6 milhão de trabalhadores sustentados pela pesca artesanal no Brasil, a CBPA enfatiza a importância dessa atividade para o meio ambiente, cultura e economia. A confederação promete continuar na luta por respeito e justiça para sua categoria.