Prefeitos enfrentam desafios na regulamentação do transporte de cargas após queda da Ponte JK; comunidade de Axixá em choque após atropelamento fatal.
A queda da Ponte JK entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), em dezembro de 2024, desencadeou uma tragédia anunciada para os municípios do Bico do Papagaio. Com a interrupção do tráfego na ponte, caminhões de grande porte inundaram os perímetros urbanos das cidades da região, expondo os prefeitos ao constrangedor papel de agentes da lei na tentativa de garantir a segurança dos moradores afetados. Essa situação não só causou insegurança e medo, mas também resultou em diversos acidentes e danos significativos nas ruas locais.
A intensificação do tráfego de caminhões tem levado a um aumento nos riscos de acidentes, como evidenciado pelo trágico atropelamento de uma mulher em Axixá na última segunda-feira, 26. O incidente, que deixou a comunidade local em choque, destacou a urgência de medidas eficazes para regulamentar o transporte de cargas no perímetro urbano das cidades. A mulher foi esmagada por uma carreta enquanto caminhava pela rua, ampliando as preocupações sobre a segurança nas vias da cidade.
Diante da crescente problemática, os prefeitos de Tocantinópolis, Fabion Gomes, e de Axixá, Aury Filho, têm sido proativos na reivindicação de soluções. Fabion Gomes, em particular, instaurou decretos que limitam a quantidade de toneladas permitidas para caminhões em algumas áreas urbanas, buscando proteger a integridade física dos cidadãos e a qualidade das infraestruturas locais. No entanto, esses esforços ainda se mostram insuficientes para mitigar os danos causados pelo trânsito intenso.
O Governo do Estado, liderado pelo Governador Wanderlei Barbosa, demonstrou interesse em buscar recursos junto ao Governo Federal. Mas, até o momento, as ações de recuperação das ruas, vias e estradas prejudicadas estão aquém do necessário para resolver os problemas urgentes enfrentados pelos municípios impactados. A pressão para a adoção de medidas regulamentares é crescente e muitos moradores expressam uma necessidade alarmante por uma ação imediata.
A tragédia em Axixá não é um caso isolado, mas sim um reflexo de um problema que vem se arrastando e coloca a vida dos cidadãos em risco. A comunidade está em estado de alerta, temendo que novos acidentes possam ocorrer a qualquer momento, especialmente com a continuidade do trânsito de caminhões pesados nas áreas urbanas. Hoje, os moradores clama por uma solução eficaz que assegure a segurança nas ruas, enquanto os debates sobre a regulamentação ganham força.
“É uma situação insustentável. A vida das pessoas está em jogo e as autoridades precisam agir imediatamente para proteger os cidadãos,” lamentou o morador de Axixá, o autônomo Francisco José. Uma ação integrada entre os prefeitos, o governo estadual e federal é vital para encontrar um caminho que devolva a sensação de segurança e tranquilidade à população local.
A dramática situação dos caminhões nos perímetros urbanos das cidades do Bico do Papagaio exige uma resposta urgente das autoridades competentes. O recente atropelamento em Axixá serve como um aviso claro de que, sem uma regulamentação adequada e ações efetivas, o risco de novas tragédias continuará a aumentar. É hora de priorizar a segurança das comunidades e garantir que as lições aprendidas com esta tragédia não sejam esquecidas.