Morre jovem que ficou tetraplégico após colisão com Viatura da Guarda Municipal de Araguaína

Ezequiel Santos, perseguido em desacordo com decisão do STJ, não resistiu a complicações de acidente ocorrido em Araguaína; Guarda Municipal segue sem prestar esclarecimentos.

Uma tragédia anunciada se desenrolou em Araguaína, onde o jovem Ezequiel Santos, de 20 anos, perdeu a vida na madrugada desta sexta-feira, 23 de maio, após um grave acidente que o deixou tetraplégico. A história do jovem começou em 12 de março de 2023, quando ele foi implacavelmente perseguido pela Guarda Municipal, desconsiderando uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que proíbe guardas municipais de exercerem poder de polícia e realizar abordagens.

Os relatos indicam que a abordagem a Ezequiel ocorreu de maneira agressiva, culminando em uma colisão entre a viatura da Guarda Municipal e a motocicleta do jovem. O impacto foi devastador e resultou em um trauma na coluna cervical de Ezequiel, que exigiu dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento das graves lesões. Apesar dos esforços médicos, as consequências do acidente foram fatais, e ele não conseguiu sobreviver.

A morte de Ezequiel levanta sérias questões sobre a atuação da Guarda Municipal e a interpretação das leis que regem suas ações. Desde o incidente, não houve respostas satisfatórias ou publicamente divulgadas pela Guarda Municipal em relação ao ocorrido. Tentativas de contato com o órgão para esclarecimentos foram feitas, mas até o momento não obtivemos retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações da Guarda Municipal sobre a situação.

A comunidade araguainense está profundamente abalada e clamando por justiça em face do ocorrido. O caso de Ezequiel se torna mais um exemplo da necessidade urgente de uma revisão na atuação das forças de segurança pública e do respeito à legislação vigente. A insistência em ações que desconsideram as decisões judiciais adequadas não apenas coloca em risco a vida de cidadãos inocentes, mas também instiga uma reflexão mais ampla sobre a responsabilidade das autoridades em garantir a segurança e os direitos da população.

Amigos e familiares de Ezequiel lamentam a perda precoce de um jovem que tinha toda a vida pela frente. A dor que a família e amigos estão enfrentando é marcada pela pergunta: “Como isso pôde acontecer?” Ezequiel estava em busca de um futuro, que agora foi tragicamente interrompido por um ato que, segundo a comunidade, foi desnecessário e imprudente.

O caso de Ezequiel Santos destaca a necessidade de diálogo e revisão nas práticas de abordagens e procedimentos das guardas municipais em todo o Brasil, visando sempre a proteção e a preservação da vida dos cidadãos. A sociedade aguarda respostas e ações que evitem que tragédias como essa voltem a acontecer.

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