Após o desastre da queda da ponte Juscelino Kubitschek, pescadores clamam por soluções e apoio do governo para enfrentar a crise provocada por produtos nocivos ao meio ambiente.
Na tarde deste domingo, 02, pescadores de Aguiarnopólis (TO) e demais colônias de pescadores da região afetada pela queda da ponte Juscelino Kubitschek realizaram um protesto em busca de soluções para a grave situação que enfrentam após a queda da ponte Juscelino Kubitschek, ocorrida em 22 de dezembro de 2024. O acidente causou a queda de veículos carregados com produtos nocivos ao meio ambiente no leito do Rio Tocantins, resultando em severas consequências para a fauna aquática e, consequentemente, para a subsistência dos pescadores locais.
Os profissionais da pesca da região estão lidando com a desvalorização do pescado, uma vez que a contaminação do rio gerou dúvidas sobre a qualidade dos peixes. “Como ficará a situação dos mais de 3.500 pescadores que dependem do rio Tocantins para sua sobrevivência, especialmente agora que o seguro-defeso acaba em um mês?” questionou Júlio Matos representante Feropesca , entidade que defende a categoria. A situação se agrava com a proximidade do fim da piracema, período crucial para a reprodução dos peixes e vital para a pesca local.
Até o momento, os pescadores não receberam laudos ou soluções concretas dos órgãos competentes que atestem a segurança do pescado ou que abordem os danos causados ao ecossistema do rio. A falta de respostas e de medidas efetivas para mitigar os impactos ambientais têm gerado um clima de insegurança e apreensão entre os trabalhadores da pesca, que temem pela aceitação de seus produtos pelos compradores. “Estamos em uma situação crítica e precisamos de ajuda urgente”, afirmaram os manifestantes.
A federação de pescadores tem prestado apoio aos afetados, mas enfatiza a necessidade de suporte do governo do estado para garantir a sobrevivência da categoria. “Solicitamos ao Governo do Estado e ao Governo Federal ajuda em relação aos pescadores, com cestas básicas e apoio em soluções para todas as demandas, como cursos, equipamentos e treinamentos para as colônias de pescadores”, Ressaltou Júlio Matos
O apelo é claro: os pescadores de Aguiarnopólis estão clamando por atenção e ação imediata das autoridades para enfrentar essa crise que ameaça não apenas suas vidas, mas também o ecossistema local. O futuro dos pescadores e da saúde do Rio Tocantins dependem de medidas urgentes para restaurar a confiança na pesca e proteger a biodiversidade da região.