Grupo destaca a importância de uma “Casa do Autista” e critica falta de sensibilidade nas políticas públicas
Em uma nota de repúdio divulgada nesta segunda-feira, 22 de outubro de 2024, as Mães Atípicas da Região Sul de Palmas manifestaram sua indignação em relação às declarações do candidato a vice-prefeito Carlos Veloso, que afirmou que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não necessitam de uma “Casa do Autista”, mas sim de atendimento do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). O grupo considera essa afirmação como uma demonstração de falta de conhecimento e sensibilidade em relação às necessidades específicas da população autista.
As mães ressaltam que as pessoas com TEA enfrentam desafios únicos que exigem abordagens diferenciadas, além do que o CAPS oferece. Embora o CAPS tenha um papel importante na saúde mental, ele não é suficiente para atender as particularidades dos indivíduos autistas. A criação de uma Casa do Autista é defendida como essencial para proporcionar acolhimento, acompanhamento especializado e suporte adequado, promovendo a inclusão, autonomia e qualidade de vida das pessoas com TEA.
Na nota, as mães repudiaram a fala do vice-prefeito, que, segundo elas, ignora os avanços nas políticas públicas voltadas para a população autista e desconsidera a importância de espaços dedicados ao atendimento das necessidades específicas dessa comunidade. O grupo enfatiza a necessidade de uma rede de atendimento especializada e integrada, que respeite os direitos da pessoa autista, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015) e na Lei 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
“É imprescindível que nossos gestores públicos compreendam a importância de políticas públicas adequadas e, ao invés de enfraquecer as conquistas já obtidas, lutem por mais avanços, garantindo um atendimento digno e especializado para todos”, afirmam as Mães Atípicas na nota.
O grupo reafirma seu compromisso na luta pelos direitos das pessoas autistas e de suas famílias, exigindo respeito e compromisso por parte dos governantes em relação às necessidades da população. A nota de repúdio é um chamado à reflexão e à ação por parte das autoridades, a fim de promover um atendimento mais humanizado e adequado para todos os cidadãos.
Veja a nota na íntegra
NOTA DE REPÚDIO
Nós, mães Atípicas da Região Sul de Palmas, manifestamos nosso repúdio à declaração do vice-prefeito Carlos Veloso, na qual afirmou que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não precisam de uma “Casa do Autista”, mas sim do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Tal declaração revela uma profunda falta de conhecimento e sensibilidade quanto às necessidades específicas da população autista.
As pessoas com TEA enfrentam desafios únicos e demandam abordagens que vão além do que o CAPS tradicionalmente oferece. Embora o CAPS desempenhe um papel importante na saúde mental, ele não é, por si só, suficiente para atender às necessidades específicas de pessoas com TEA. Uma Casa do Autista, por exemplo, é fundamental para garantir a acolhida, o acompanhamento especializado e o suporte adequado, promovendo inclusão, autonomia e qualidade de vida.
Repudiamos essa fala que ignora os avanços nas políticas públicas voltadas à população autista e desconsidera a importância de espaços dedicados, que respeitem as particularidades do TEA. Reafirmamos a necessidade de uma rede de atendimento especializada e integrada, que respeite os direitos da pessoa autista, conforme previsto na Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015) e na Lei 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
É imprescindível que nossos gestores públicos compreendam a importância de políticas públicas adequadas e, ao invés de enfraquecer as conquistas já obtidas, lutem por mais avanços, garantindo um atendimento digno e especializado para todos.
Seguimos firmes na luta pelos direitos da pessoa autista e de suas famílias, exigindo respeito e compromisso por parte dos governantes.
Mães Atípicas Da Região Sul.
Palmas , 22 de outubro de 2024.



